GLAMOURIZAÇÃO DO AMOR

      
     Não amigos leitores. Não arrumei um jeito fácil de ganhar a vida escrevendo sobre os achismos a respeito do amor. Não, não eu não virei arauto da auto-ajuda e nem estou a conceituar sobre os desvãos,desvios e arrepios do amor,romântico ou não. Não me transformei em teórico das emoções baratas e nem quero reunir uma plêiade de belas balzaquianas a admirar a minha "sensibilidade" para tratar do universo feminino como fazem alguns canastrões em revistas semanais ou não.Queria simplesmente dividir com vocês uma reflexão ao redor de uma acachapante conclusão que é fruto, talvez, dos anos de vivência,dos tombos da vida ou simplesmente de muita observação : o verdadeiro amor não usa maquiagem. Explico . 
       Nos  nossos tempos o amor é idealizado, comercializado e glamourizado. O revestem de bombons, camas com pétalas de rosa, champanhes ao redor de banheiras de hidro e outras breguices do gênero,chegando-se a extremos como as fantasias de enfermeiras,secretárias, colegiais. E isso é amor ou é sexo ? e a mistura dos dois muito complexo ? por certo que sim e eu não vou adentrar nessa seara pantanosa.
        Minha reflexão é mais pueril e mais frugal. Quase como um prato feito. É aquela que me dá a impressão de que o amor sobrevive a todos esses paramentos , todas essas idealizações e fantasias impostas, todas as maquiagens,literais ou não. Amor me parece o reconhecimento do outro atrás de tudo isso. Quando você olha através de tudo isso e , de fato, enxerga o outro, limpo, lavado e (por que não ?) purificado do outro lado.
        Mesmo que o caro leitor ou a cara leitora tenham um parceiro esteticamente belo a nossa tendência sempre é achar belo (mesmo que não seja) o objeto do nosso afeto. E a questão não é essa . A questão é que mesmo toda beleza se esvai quando o que enxergamos através do véu ilusório que ela encerra não é verdadeiro.  Ou seja, a glamourização do amor dificulta o reconhecimento do verdadeiro amor.
        Entre um riso franco que dei aqui diante do linguajar quase de auto- ajuda que adotei nesse texto (olha que tentei ser diferente !) e a conclusão de que no fim o que escrevi soou ridículo só posso lhes dizer que mesmo assim assumo o que assino e que apesar dos pesares minha intenção foi sincera.Leve esse texto ao forno de vossos corações e sirvam com um bolero adocicado...

Comentários

Jean Scharlau disse…
Ricardo, desculparmo-nos por dizer a verdade só faz justiça à verdade se com isto conseguirmos mais atenção a ela, e venham mais gentes prestar-lhe honra e dizer-nos que não, não devemos desculpar-nos, pois que falamos a verdade. Pois então, Ricardo, não deves desculpar-te, já que estás dizendo a verdade.
Ricardo, não sei o que travou, mas senti que você não escreveu aqui tudo o que queria ou pensou. Ficou faltando algo. Enfim, nesse assunto eu sou quase um homem: "qualquer maneira de amor vale a pena", ainda que eu não queira tê-los ao meu lado.
No sexo, vale o que os dois quiserem. E fantasias são bem vindas, botam pimenta na coisa. Amor sem sexo? O nome disso é amizade.
Beijocas,

Postagens mais visitadas