EX ISTO

     
    Grandes dilemas da "criação" moderna. Ficarmos apenas reféns dos discursos lineares, do bate-pronto das histórias literárias e cinematográficas com começo , meio e fim ou deixamos sempre nossos espíritos abertos a múltiplas formas de contar histórias ? Prefiro a segunda forma que parece ter sido adotada também pelo cineasta Cao Guimarães ( não confundir com o Hamburguer) no filme Ex Isto , livremente baseado no livro CATATAU do Paulo Leminski. O mote do livro, levado pra o filme é "E se René Descartes tivesse vindo pro Brasil com Maurício de Nassau? O filósofo envereda-se pelos trópicos, selvagem e contemporâneo, sob o efeito de ervas alucinógenas, investigando questões da geometria e da ótica diante de um mundo absolutamente estranho". Em que pese alguns "vanguardismos" parece que herdados do cinema novo Ex Isto é uma experiência bem legal de ser assistida também pelo fato do Descartes ser interpretado pelo João Miguel, o melhor ator brasileiro da nova geração sob todos os pontos de vista. Ontem fazendo hora na avenida Paulista para fugir do rush entrei no Espaço Unibanco da Augusta e dei de cara com o filme. Gostei do que vi. Caleidoscópico na acepção total da palavra.

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