ligação que vem do outro lado

   


    Uma criança escandinava de três anos corre com seus passinhos em minha direção e me estende um celular surreal. Há nuvens e um céu nele. Atendo a ligação que é para mim mesmo. Pasmo ouço o que me dizem enquanto a criança , pouco aflita, me fita. Procuram por mim do outro lado. Dizem que desapareci num voo transoceânico mas me sinto bem situado e aterrissado onde estou. Não sinto falta do que deixei naqueles aeroportos. Levo pouca bagagem pois não necessito mais de nenhuma viagem. Cheguei.

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