UM PERDIGUEIRO NO BURITIZAL

   



  Diante do cão perdigueiro um enorme buritizal surgiu. O bicho, ressabiado, se confundia diante da profusão de novos apelos para o seu olfato. Passados grandes e nada silenciosos mergulhavam nas águas plácidas do fim de tarde e um quilometro adiante crianças numa algazarra sacudiam essas mesmas águas que deixavam pois de ser plácidas. Mais adiante ainda, no limite do buritizal, começava um longo mar de soja naquela tristeza de deserto verde que o faro do perdigueiro ainda alcançava. Pois foi só ele que aos poucos notou nossa aproximação. Foi ficando mais e mais agitado, latia fino  em forma de um quase ganido, o que era incomum.

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