LITERATURA SEM VÔMITO DE DORES É LITERATURA?

  
Na foto o visceral Louis-Ferdinand Céline
     Diante de tanta oferta ( boa e má) me penitencio ao dizer que não conheço a literatura de Márcia Frazão, autora radicada em Nova Friburgo, estado do Rio de Janeiro. Mas adoro essa sua frase “Uma escrita sem lastro, sem cicatrizes, sem arfar de alma, sem vômito de dores, sem pulsares e quasares da alma, não é escrita; é uma boa redação, só isso...” .
   Pois é isso mesmo. Literatura pode e deve ter muitas caras. As do mercado, as do cerebralismo, eruditismo e outros ismos, a das panelinhas . Mas a que deixa a cara marcada mesmo , a que faz a diferença, queiram ou não muitos, é essa literatura feita de vômito de dores, pulsares e quasares da alma e que anda tão em falta no mercado nativo. Não vou falar dos poucos exemplos  a quais sempre recorro ( Márcia Denser, Marcelo Mirisola, Reinaldo Moraes) porque são autores que além de prezar tenho relações pessoais de afinidade. Mas tirando esses três hoje em dia poucos podem ser incluídos na lista em que pese eu estar aqui cometendo injustiças pesadas.

     Por falar nisso qual é sua lista pessoal de escritores viscerais aqui e lá fora ? os meus, além dos já citados, inclui a indefectível Clarice Lispector, Céline, Henry Miller, Bukowski e alguns poucos mais. Jean Genet ?  Anais Nin ? Estou falando de literatura visceral e não de boa literatura. Até porque ela pode ser literatura visceral e não ser boa literatura muito embora os exemplos que citei acho perfeitamente enquadráveis na categoria das excelências. Por isso não enquadro aqui os latinos Garcia Márquez ou Vargas Llosa e nem outros gênios. Espero ter sido claro na exposição das diferenças e a prosa a respeito carece de contribuições de vosmecês. Abraços viscerais em vossos corações...

Comentários

Postagens mais visitadas